Biografia do autor

Nascido em 87, Nuno Dias Madureira é um idiota carismático. Com um leque variado de interesses, este jovem desenha impressionantes e meticulosos retratos, capazes de competir com as obras de uma criança de oito anos. Desde cedo se interessou pela escrita, plagiando com mestria vários trabalhos na escola. Actividade que viria a aperfeiçoar nos tempos de faculdade. Actualmente frequenta o mestrado Novos Media e Práticas Web na UNL, pelo que já recorre aos seus profundos conhecimentos de HTML e CSS sendo, nomeadamente, capaz de centrar uma imagem recorrendo ao código. No entanto, é no cinema que Nuno deposita as suas esperanças. Lynch, Godard, Jarmusch e Tarkovsky são algumas das referências do aspirante a realizador que nunca pegou numa câmara de filmar, e provavelmente nunca o fará

13.11.09

Postzinho

Vendo bem as coisas, nós temos algumas características que são exclusivamente Lusitanas, que são só nossas. E não, não vos vou falar da saudade, do fado, dos pastéis de Belém ou do carinho imenso que o Saramago nutre pela Bíblia (leia-se, pela medíocre arte da auto-publicitação). Hoje, amiguinhos, vamos debater a exagerada propensão ao uso de diminutivozinhos, diminutivozitos e diminutivozecos.

Eu próprio, Nuninho de bom-nome, já inconscientemente transformo toda e qualquer palavra numa coisa fofinha! Ora reparem, basta chegar ao café que somos imediatamente metralhados com um emaranhado de “inhos”, "itos" e "ecos".

- Está bomzinho? Que vai tomar? Cafezinho? E o trabalhinho? Está com ar cansadito… coitadinho! Leve as coisas com calminha! Ali o meu joãozinho, pobrezinho, desde pequenito que se queixa de ser gordinho, sempre suadinho… que amorzinho!

Fiz agora uma pausa para vomitar. Mas se pensarem bem na coisinha, este hábitozito vincadinho de colocar um sufixozinho em tudinho que mexe, apesar de ser um bocadinho irritantezinho, já se tornou um elementozinho comum na nossa linguazinha; unha com carne.

Aparentemente, com uma tendência tão acentuada para diminuir, demonstrar afecto e suavizar cada palavra, é de espantar que acabemos, na realidade, por ser o completo oposto. Sisudos, fechados e inacessíveis.

Desculpem. Sisudinhos, fechaditos e inacessíveizecos.


(Maior atentado contra a Língua Portuguesa que este post, só mesmo o novo acordo ortográfico).

2 comments:

ana? said...

eu ca nao sou nada fechadita, nem circunspectazinha.antes fosse.safa va m melhor c um misteriozinho a mistura.credo isto cansa em exagero, mas ja tu nuninho, nadinha de nada..
beijO

EwIkA said...

veridico o k escreveste.. o portugues é assim mesmo..
sempre com os inhos e itos..
gostei do post
bezito