Biografia do autor

Nascido em 87, Nuno Dias Madureira é um idiota carismático. Com um leque variado de interesses, este jovem desenha impressionantes e meticulosos retratos, capazes de competir com as obras de uma criança de oito anos. Desde cedo se interessou pela escrita, plagiando com mestria vários trabalhos na escola. Actividade que viria a aperfeiçoar nos tempos de faculdade. Actualmente frequenta o mestrado Novos Media e Práticas Web na UNL, pelo que já recorre aos seus profundos conhecimentos de HTML e CSS sendo, nomeadamente, capaz de centrar uma imagem recorrendo ao código. No entanto, é no cinema que Nuno deposita as suas esperanças. Lynch, Godard, Jarmusch e Tarkovsky são algumas das referências do aspirante a realizador que nunca pegou numa câmara de filmar, e provavelmente nunca o fará

22.11.08

Dr. Strangelove



or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb

Dos melhores filmes que já vi, há muito que não me ria tanto.


Gentlemen, you can't fight in here! This is the War Room!

20.11.08

Economia

A pior coisa que me podem fazer é obrigarem-me a levantar cedo. Para mim, menos de oito horas de sono é fatal com’ó destino. Primeiro que tudo eu sou uma fábrica de sonhos. Devo chegar a ter cerca de cinquenta por noite. Misturo tanto os sonhos que, quando acordo, sinto que tive apenas um. Um enublado uniforme de imagens soltas, todo ele feito de cenas bizarras e estranhas ligadas por um fio narrativo muito pouco (mas mesmo, MUITO pouco) coerente.

A cena fixe dos sonhos é que não seguem qualquer lógica temporal ou espacial, ou qualquer lógica que seja. Tanto podemos sonhar com a lasanha que comemos ao almoço, como com a nossa professora da terceira classe, como com um monstro verde que nos vai cortar as mãos. Ou ainda melhor, sonhar com tudo isto ao mesmo tempo.

Tive sonhos que nunca mais esqueci. Uma vez sonhei que conseguia aprender a voar, mas não era coisa fácil. Não andava ali feito super-homem. Não. A coisa tinha ciência (e muito mais piada). Era um processo que tinha tanto de físico quanto de mental. E eu flutuava (mais do que voava) devagar e de forma inconstante. Foi tão real, mas tão real, que quando a minha mãe me acordou eu gritei, MAS PORQUE É QUE ME ACORDASTE?! E tentei voltar a dormir para ver se o sonho continuava. Acabei por me levantar e ir para a escola.

É também por isto que eu não gosto de acordar. Tenho tantos sonhos e sou absorvido de tal maneira neles, que quando acordo não estou a 100% neste mundo. Demoro a sintonizar. Parece que levei um enxerto de porrada no meu mundo imaginário (e às vezes sou bem capaz de ter levado) porque acordo com uma sensação de quem teve a correr a maratona, ou num concurso de quem come mais panquecas, ou de quem esteve três dias seguidos no Vietname (do lado Americano para piorar) sem dormir e lá no meio da selva.

Resumindo, eu adoro sonhar, mas sonho demais.
Por isso Pai, eu sei que lês o blog, hoje não fui a economia às oito e meia da manhã mas, como vês, foi por uma óptima causa.

19.11.08

Decompor

De extremos. Gostava de dizer as coisas como o Dylan, de ilustrá-las como o Lynch, e de cantá-las como o Corgan. Gostava de ser revolucionário como o Banksy, inteligente como o meu Pai mas artístico como a minha mãe.

O meu sonho é ser realizador. Ter os grandes planos do Bergman mas a velocidade do Tarantino, juntar uma pitada de humor do Woody e ver as coisas pelos olhos do Kubrick. Queria viver na Ásia e ser amigo do Chan-wook Park.

Queria odiar a humanidade como o Dostoyevsky e conseguir descrevê-la como o Eça. Ter a humildade do Pessoa e a humanidade do Hemingway. As palavras são mais bonitas quando escritas, mas não quando sou eu a escrevê-las.

Gostava de ser menos preguiçoso. De não viver em função do meu prazer e de fazer sempre tudo aquilo que digo. Gostava de ter mais fé no mundo e nas pessoas, e de acreditar que estou aqui por uma razão. Gostava conseguir aproveitar melhor o meu tempo e viajar mais.

Como não sou muito do que gostava ser, espero ao menos ter um pouco em mim de tudo aquilo que me fascina.

17.11.08

Bairro Médio

O bairro alto parece que perdeu altitude (lame!). A sério, fecharem o bairro às duas da manha é algo surreal. É como ir a Belém, comer um pastel de nata com colher e deixar a massa. Simplesmente não dá. A juventude lisboeta tem maus hábitos; janta tarde, sai tarde de casa, em soma, faz tudo à última hora. Ora numa cidade assim, cortar abruptamente o horário do principal bairro do país é algo extremamente inteligente!

As noites memoráveis no bairro tinham um sentido e também um timing próprio. A chegada e a espera bem disposta no Camões, o primeiro copo à uma, o sétimo shot às duas e meia, as conversas desenfreadas com todo e qualquer individuo às três, as declarações, os abraços e o rastejar às três e meia, e por aí em diante. Uma noite no bairro, era uma noite (mais que) bem passada. Ora agora, já não dá para passar uma noite só no bairro. Ou vamos para lá às dez da noite e ainda temos os bifes a jantar, ou simplesmente o bairro passou de um lugar de culto, para um mero lugar de passagem.

Sinceramente, eu já nem tenho vontade de ir ao bairro nestas condições.
Revolução precisa-se neste país(zinho)! Não só não mudamos o que está mal, como ainda estragamos as poucas coisas que estão bem e que nos caracterizam. O que é importante é o equilibrio, se não dá para melhorar, então que esteja tudo na merda.

14.11.08

Persona





Sister Alma: Is it really important not to lie, to speak so that everything rings true? Can one live without lying and quibbling and making excuses? Isn't it better to be lazy and lax and deceitful? Perhaps you even improve by staying as you are. (No response) My words mean nothing to you. People like you can't be reached. I wonder whether your madness isn't the worst kind. You act healthy, act it so well that everyone believes you--everyone except me, because I know how rotten you are.

5.11.08

2.11.08

DANCEHALLDANCEHALLEVERYDAY



WE'RE GONNA DANCE HALL DANCE HALL EVERY DAY
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