Biografia do autor

Nascido em 87, Nuno Dias Madureira é um idiota carismático. Com um leque variado de interesses, este jovem desenha impressionantes e meticulosos retratos, capazes de competir com as obras de uma criança de oito anos. Desde cedo se interessou pela escrita, plagiando com mestria vários trabalhos na escola. Actividade que viria a aperfeiçoar nos tempos de faculdade. Actualmente frequenta o mestrado Novos Media e Práticas Web na UNL, pelo que já recorre aos seus profundos conhecimentos de HTML e CSS sendo, nomeadamente, capaz de centrar uma imagem recorrendo ao código. No entanto, é no cinema que Nuno deposita as suas esperanças. Lynch, Godard, Jarmusch e Tarkovsky são algumas das referências do aspirante a realizador que nunca pegou numa câmara de filmar, e provavelmente nunca o fará

28.10.08

O beijo

Voltei. E como tudo tem um motivo, aqui fica o meu. Ontem, enquanto subia as lentas escadas rolantes do metro do Rato, reparei num casal que descia do lado oposto. Foi um olhar ao acaso (mentira), mas de imediato, a magnífica dupla ganhou a minha total e exclusiva atenção.

Os namorados beijavam-se calorosamente, pelo menos foi o que de início me pareceu. (quem disse que as escadas rolantes do rato não podem ser um lugar romântico?)
E não é que eu não tenha nada melhor para fazer, ou que passe as minhas tardes a classificar os beijos que por aí se soltam, nada disso. Mas este, meus amigos, é um beijo que tem muito que se lhe diga.

Os dois animais mergulhavam na boca um do outro, e tentavam depois ver quem chegava mais fundo. Juro-vos que fiquei coladíssimo naquilo que tinha tanto de beijo, como de agressão (cheguei por momentos a duvidar). O choque de dentes, se não aconteceu, esteve iminente. Cada investida, uma cabeçada. Os lábios mastigavam-se, os olhos contorciam-se; as cabeças giravam, arranhavam, atacavam.

Saí do metro e disse para mim,

Espectacular!

19.10.08

dEUS




Hoje na aula magna. Nunca os vi antes e, mais uma vez graças à Inês, vou poder ver. hell yeah!




YOUR HEAD, COME ON! IT'S DEAD AND GONE! IT MIGHT ASWELL BE SAID SO LONG!

16.10.08

(in)active

Tenho tido muito sobre o que escrever, o que acaba por escassear é mesmo o tempo para o fazer. Chego a casa sempre muito tarde e cansado. Durante este fim de semana vou ver se escrevo uns posts, i have a lot to talk about, it has been such an eventful week!

ciao ragazzi, ci sentiamo tra pochi giorni!
(cuidado que isto agora é um show de linguas!)

13.10.08

The Smashing Pumpkins




The Smashing Pumpkins - Dancing In The Moonlight

(now i stay out 'till sunday, i have to say i stayed with friends
it's a habit worth forming, it's a means to justify the end)

Jimi Hendrix



Jimi Hendrix - Like A Rolling Stone (Dylan Cover)

(jimi does it with the teeth)

Voxtrot



voxtrot - the start of something

(maybe it really is)

10.10.08

M.A.N.D.Y.


Me AND You.

(lux@10x04)

Foi espectacular. Tanto a musica quanto a companhia não podiam ser melhores. Estou definitivamente, feliz. Agora, who really cares? (I do!). Boa sexta-feira juventude, embebedem-se e virem o barco! Por estas bandas hoje vai ser programinha tranquilo com o gang. baci

9.10.08

Inspiração?

Hoje, não.

oh! you ARE sick!




































In Heaven, everything is fine. In Heaven, everything is fine. You've got your good things. And I've got mine.





6.10.08

A sustentável leveza do ser

Aqui há coisa de uns dias, estava a entrar na faculdade quando passa uma rapariga por mim. No momento exacto em que nos cruzamos, sinto que caiu qualquer coisa. Paro e olho para o chão. Imediatamente ao meu lado (e em grande plano), brilhavam duas bonitas notas de vinte, ou seja, quarenta euros (eu sei, sempre brilhei na matemática). Automaticamente olho para a rapariga e reparo que ela já lá ia, feliz e contente, sem sequer ter dado conta do que se tinha acabado de passar.

Pausa.

Durante uma fracção de segundo, o meu (incrivelmente rápido) cérebro calcula todas as variáveis e chega à seguinte conclusão:
- Se quiseres, está safo. Não havia ninguém por perto, a rapariga já ia lançada. Dá-lhe a pisadela, apertas os sapatos, e como quem não quer a coisa, zimba lá com quarenta euros que hoje pago eu.

Nisto, já vendo o meu iate pairar nas aguas do Tejo, ou a minha viagem de três meses à India garantida, grito (sem saber bem porquê):

- "Olha! olhaaaaa!"

Mas qual olha qual quê! A jovem continuava o seu caminho, impávida e serena, sem sequer ter dado pela minha existência (shame on you!). Não só o meu acto de bom samaritano foi ignorado, como pela segunda vez no espaço de dez segundos, a tentação batia à porta, e agora, mais forte que nunca.

Pausa numero dois.

A minha cabeça roda novamente para os quarenta euros. Os olhos brilhavam. "Foi hoje!" Finalmente aconteceu-me a mim, o que por norma, só acontece aos outros. Um mundo de possibilidades abria-se à minha frente, o inicio da prosperidade, o luxo, um novo estatuto social, enfim, uma vida sem preocupações de qualquer tipo.

Resignado mas decidido, peguei nas notas, dirigi-me à rapariga e disse-lhe com um ar simpático e quase paternalista; - "Olha, deixaste cair isto.", estendendo em simultâneo as duas notas de vinte euros. Ela pega nas notas, olha para mim com ar entediado, vira costas, e segue tranquilamente. Nem um obrigado, nem um sorriso rasgado, nem um misero "devo-te a minha vida deixa-me pagar-te um jantar no Burj Al Arab hoje à noite."


40 euros mais leve, ri-me, virei costas, e segui.

3.10.08

If

If his creation is so great, why does God want us on our knees?

- Lars Von Trier

A pill a day keeps the doctor away

Café para acordar, um cigarro de enfiada. Aquele sono das onze não perdoa, venha lá mais um se faz favor. Ao mínimo stress, já temos outro cigarro em punho. E ainda outro para a sequela. A depressão não assusta! Temos comprimidos de todas as cores do arco-íris, formas e feitios. Há todo um leque por onde escolher. Até a nossa felicidade artificial já nos engana, e pior, já nos é suficiente.

Já nos tornámos quase tão mecânicos quanto a tecnologia. Exageramos tanto nos nossos hábitos que deles já não retiramos prazer, apenas apaziguamos o mais possível a nossa constante insatisfação. Estimulo, resposta. Parece que apesar de nos desenvolvermos cada vez mais, nós, tonarmos-nos ironicamente cada vez mais básicos.

Somos, sobretudo, seres sociais (mais uma palavra começada por "s"?). E tendemos, agora mais que nunca, para o isolamento. As pessoas têm medo de falar umas com as outras na rua, só querem chegar a casa e ligar a telenovela, sintonizar no canal e desligar do mundo. Isto claro, que sou eu que digo, um puto que não sabe nada da vida.

A parte mais triste, é que eu sei, que daqui a uns bons anos, devo ser exactamente tudo aquilo que agora repudio. Feliz e contente, por estar deitadinho e protegido do mundo na minha caminha XPTO. Dedicar a minha vida a um trabalho cuja diferença no mundo vai ser praticamente inexistente.

No final dos meus dias, já velho e cansado, vou olhar para trás e amargamente pensar,

ai! quando eu era jovem!

Before Sunrise




Jesse: I'm having kind of an odd situation here, which is that... is... you see that girl over there? Yeah, well, this is our only night together. Here's the problem: The problem is that she wants a bottle of red wine, and I don't have any money. I was thinking that you might want to, um, give me the address of this bar, no, I know... and I would promise to send you the money, and you would make our night complete

Bartender: You would send me the money?

Jesse: Yes.

Bartender: Your hand?

Bartender: Okay. For the greatest night in your life.

Jesse: Thank you very much



Celine: I like to feel his eyes on me when I look away.

1.10.08

O inevitável

Hoje vais ler este post até ao fim.

vampire weekend






i see a mansard roof through the trees
i see a salty message written in the eaves
the ground beneath my feet
the hot garbage and concrete
and now the tops of buildings, i can see them too