De extremos. Gostava de dizer as coisas como o Dylan, de ilustrá-las como o Lynch, e de cantá-las como o Corgan. Gostava de ser revolucionário como o Banksy, inteligente como o meu Pai mas artístico como a minha mãe.
O meu sonho é ser realizador. Ter os grandes planos do Bergman mas a velocidade do Tarantino, juntar uma pitada de humor do Woody e ver as coisas pelos olhos do Kubrick. Queria viver na Ásia e ser amigo do Chan-wook Park.
Queria odiar a humanidade como o Dostoyevsky e conseguir descrevê-la como o Eça. Ter a humildade do Pessoa e a humanidade do Hemingway. As palavras são mais bonitas quando escritas, mas não quando sou eu a escrevê-las.
Gostava de ser menos preguiçoso. De não viver em função do meu prazer e de fazer sempre tudo aquilo que digo. Gostava de ter mais fé no mundo e nas pessoas, e de acreditar que estou aqui por uma razão. Gostava conseguir aproveitar melhor o meu tempo e viajar mais.
Como não sou muito do que gostava ser, espero ao menos ter um pouco em mim de tudo aquilo que me fascina.
Biografia do autor
Nascido em 87, Nuno Dias Madureira é um idiota carismático. Com um leque variado de interesses, este jovem desenha impressionantes e meticulosos retratos, capazes de competir com as obras de uma criança de oito anos. Desde cedo se interessou pela escrita, plagiando com mestria vários trabalhos na escola. Actividade que viria a aperfeiçoar nos tempos de faculdade. Actualmente frequenta o mestrado Novos Media e Práticas Web na UNL, pelo que já recorre aos seus profundos conhecimentos de HTML e CSS sendo, nomeadamente, capaz de centrar uma imagem recorrendo ao código. No entanto, é no cinema que Nuno deposita as suas esperanças. Lynch, Godard, Jarmusch e Tarkovsky são algumas das referências do aspirante a realizador que nunca pegou numa câmara de filmar, e provavelmente nunca o fará
2 comments:
Adorei este post! =) Foi mesmo espectacular estar em Portugal com os Erasmus, como diz o Chris, um amigo meu inglês... naqueles dias tive "The best of both worlds". Beijinhos
Gostei Muito!
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