Biografia do autor

Nascido em 87, Nuno Dias Madureira é um idiota carismático. Com um leque variado de interesses, este jovem desenha impressionantes e meticulosos retratos, capazes de competir com as obras de uma criança de oito anos. Desde cedo se interessou pela escrita, plagiando com mestria vários trabalhos na escola. Actividade que viria a aperfeiçoar nos tempos de faculdade. Actualmente frequenta o mestrado Novos Media e Práticas Web na UNL, pelo que já recorre aos seus profundos conhecimentos de HTML e CSS sendo, nomeadamente, capaz de centrar uma imagem recorrendo ao código. No entanto, é no cinema que Nuno deposita as suas esperanças. Lynch, Godard, Jarmusch e Tarkovsky são algumas das referências do aspirante a realizador que nunca pegou numa câmara de filmar, e provavelmente nunca o fará

3.10.08

A pill a day keeps the doctor away

Café para acordar, um cigarro de enfiada. Aquele sono das onze não perdoa, venha lá mais um se faz favor. Ao mínimo stress, já temos outro cigarro em punho. E ainda outro para a sequela. A depressão não assusta! Temos comprimidos de todas as cores do arco-íris, formas e feitios. Há todo um leque por onde escolher. Até a nossa felicidade artificial já nos engana, e pior, já nos é suficiente.

Já nos tornámos quase tão mecânicos quanto a tecnologia. Exageramos tanto nos nossos hábitos que deles já não retiramos prazer, apenas apaziguamos o mais possível a nossa constante insatisfação. Estimulo, resposta. Parece que apesar de nos desenvolvermos cada vez mais, nós, tonarmos-nos ironicamente cada vez mais básicos.

Somos, sobretudo, seres sociais (mais uma palavra começada por "s"?). E tendemos, agora mais que nunca, para o isolamento. As pessoas têm medo de falar umas com as outras na rua, só querem chegar a casa e ligar a telenovela, sintonizar no canal e desligar do mundo. Isto claro, que sou eu que digo, um puto que não sabe nada da vida.

A parte mais triste, é que eu sei, que daqui a uns bons anos, devo ser exactamente tudo aquilo que agora repudio. Feliz e contente, por estar deitadinho e protegido do mundo na minha caminha XPTO. Dedicar a minha vida a um trabalho cuja diferença no mundo vai ser praticamente inexistente.

No final dos meus dias, já velho e cansado, vou olhar para trás e amargamente pensar,

ai! quando eu era jovem!

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