Biografia do autor

Nascido em 87, Nuno Dias Madureira é um idiota carismático. Com um leque variado de interesses, este jovem desenha impressionantes e meticulosos retratos, capazes de competir com as obras de uma criança de oito anos. Desde cedo se interessou pela escrita, plagiando com mestria vários trabalhos na escola. Actividade que viria a aperfeiçoar nos tempos de faculdade. Actualmente frequenta o mestrado Novos Media e Práticas Web na UNL, pelo que já recorre aos seus profundos conhecimentos de HTML e CSS sendo, nomeadamente, capaz de centrar uma imagem recorrendo ao código. No entanto, é no cinema que Nuno deposita as suas esperanças. Lynch, Godard, Jarmusch e Tarkovsky são algumas das referências do aspirante a realizador que nunca pegou numa câmara de filmar, e provavelmente nunca o fará

28.10.08

O beijo

Voltei. E como tudo tem um motivo, aqui fica o meu. Ontem, enquanto subia as lentas escadas rolantes do metro do Rato, reparei num casal que descia do lado oposto. Foi um olhar ao acaso (mentira), mas de imediato, a magnífica dupla ganhou a minha total e exclusiva atenção.

Os namorados beijavam-se calorosamente, pelo menos foi o que de início me pareceu. (quem disse que as escadas rolantes do rato não podem ser um lugar romântico?)
E não é que eu não tenha nada melhor para fazer, ou que passe as minhas tardes a classificar os beijos que por aí se soltam, nada disso. Mas este, meus amigos, é um beijo que tem muito que se lhe diga.

Os dois animais mergulhavam na boca um do outro, e tentavam depois ver quem chegava mais fundo. Juro-vos que fiquei coladíssimo naquilo que tinha tanto de beijo, como de agressão (cheguei por momentos a duvidar). O choque de dentes, se não aconteceu, esteve iminente. Cada investida, uma cabeçada. Os lábios mastigavam-se, os olhos contorciam-se; as cabeças giravam, arranhavam, atacavam.

Saí do metro e disse para mim,

Espectacular!

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