Biografia do autor

Nascido em 87, Nuno Dias Madureira é um idiota carismático. Com um leque variado de interesses, este jovem desenha impressionantes e meticulosos retratos, capazes de competir com as obras de uma criança de oito anos. Desde cedo se interessou pela escrita, plagiando com mestria vários trabalhos na escola. Actividade que viria a aperfeiçoar nos tempos de faculdade. Actualmente frequenta o mestrado Novos Media e Práticas Web na UNL, pelo que já recorre aos seus profundos conhecimentos de HTML e CSS sendo, nomeadamente, capaz de centrar uma imagem recorrendo ao código. No entanto, é no cinema que Nuno deposita as suas esperanças. Lynch, Godard, Jarmusch e Tarkovsky são algumas das referências do aspirante a realizador que nunca pegou numa câmara de filmar, e provavelmente nunca o fará

30.9.08

A sociologia e os caramelos

Hoje, estava na aula de "métodos de uma pseudo-ciência qualquer muito parva e sem qualquer valor como a sociologia", quando me aconteceu um episódio engraçado. Primeiro tenho que explicar que a minha postura tem sido a seguinte: - se vou às aulas, é para estar atento. Se é para estar lá a dormir, prefiro dormir em casa. Por isso, estava na aula calado e a tirar apontamentos como de costume.

Nisto, a rapariga que estava ao meu lado (a margarida), olha para o relógio. A professora, vinda completamente do nada, vira-se para a minha colega num tom já bastante arrogante e diz: "mas você está com pressa? é que se está pode sair, não precisa de vir às minhas aulas.". Tanto eu quanto a Margarida ficámos em estado de choque. Eu, atónito, optei por ficar calado, as palavras fugiram também à margarida que nem sabia bem o que dizer ou pensar.

A aula continua. Reparo que a professora ficou visivelmente perturbada, exagera no gesticular e a voz treme-lhe constantemente. Em silencio total, escrevo no caderno que a professora deve bater mal da cabeça, e mostro (discretamente) o caderno à margarida. E o que fui eu fazer! O bicho entra outra vez de rompante, desta vez, dirigindo-se também a mim:

- "A passar bilhetinhos e a rirem-se?!?! Faz favor de sairem ou de se separarem". Nisto não me conti, e respondi no tom de voz mais dócil possível (para ver se a enervava ainda mais): - "Professora, nós não passámos nenhum bilhete, nem nos rimos". De olhos vermelhos de furia, a excelentíssima docente quase que engole as minhas palavras e tropeça ainda nas suas próprias silabas: "ASOKDAOKDAIAH!!!!!! OU MUDA DE CADEIRA OU SAI".

Levanto-me e vou para a cadeira do lado. Num tom de voz que roçou ainda a ironia, digo sem hesitar, "peço desculpa professora". Dito e feito, acordei a fera for good. De imediato, o vil e tenebroso ser larga o grito de guerra: - "O QUÊ?!?!?!". Como se eu tivesse retomado a batalha que apenas ela combatia. Eu repito, ainda mais devagar, "peço desculpa professora". A cara socióloga, desta vez atropelando-se a si mesma, responde (já olhando de lado e com desprezo) é bom que peça é.


Eu não tenho problemas em admitir quando faço merda. Mas neste caso, a razão está do meu lado. No final da aula, ainda fomos pedir desculpa, sem que no entanto existissse necessidade de o fazer.


Conclusão: O que eu não tenho é que aturar lutadoras de sumo cheias de complexos, que julgam que o mundo gira em função de si mesmas. Ou melhor, tenho que aturar, mas não gosto. A sociologia continua a ser das áreas mais ridículas de sempre, e o mais engraçado, é que estes goblins que andam por aí, e que se consideram os grandes donos e senhores da razão, uns empiristas de primeira categoria; realmente não interessam nem ao menino jesus. No final, acabam apenas por ser tudo aquilo que refutam com tanta convicção e perseverança:

- Vagos, confusos, subjectivos.

Agora, resta-me ter paciência nas próximas aulas e rezar para que a professora não encontre este blog durante os próximos seis meses.

Se por acaso isso acontecer... minha cara.. desculpe! mas eu não pago 350 euros por mês para mastigar caramelos.. muito menos aqueles que se colam nos dentes. Quem sabe, poderá fazer uma tese de doutoramento sobre isso! A sociologia, os caramelos que se colam nos dentes, e todos os processos e variáveis associados. Pano para mangas!

3 comments:

inês said...

tão típico....

pergunta ao Vasco, a história do telemóvel.

mille baci*

Anonymous said...

grande post
aqui na america felizmente que a socilogia nao e sequer uma disciplina

Morce said...

Até estava a gostar do teu blog, mas como estou a tirar o curso de sociologia, este comentário não deve ter qualquer tipo de valor.
Anyway, keep going with the good work.