Biografia do autor
Nascido em 87, Nuno Dias Madureira é um idiota carismático. Com um leque variado de interesses, este jovem desenha impressionantes e meticulosos retratos, capazes de competir com as obras de uma criança de oito anos. Desde cedo se interessou pela escrita, plagiando com mestria vários trabalhos na escola. Actividade que viria a aperfeiçoar nos tempos de faculdade. Actualmente frequenta o mestrado Novos Media e Práticas Web na UNL, pelo que já recorre aos seus profundos conhecimentos de HTML e CSS sendo, nomeadamente, capaz de centrar uma imagem recorrendo ao código. No entanto, é no cinema que Nuno deposita as suas esperanças. Lynch, Godard, Jarmusch e Tarkovsky são algumas das referências do aspirante a realizador que nunca pegou numa câmara de filmar, e provavelmente nunca o fará
31.1.09
A dor é passageira mas a glória é eterna
Vomitar é saudável. Vomitar é saudável, especialmente depois de misturares vodka com cerveja e vinho tinto. Se bebeste mais de oito penalties, vomitar é saudável e pode até ser considerado, agradável. Vomitar é de facto uma experiência libertadora, quando tens sete amigos à tua volta aos pulos e aos gritos de alegria por seres o primeiro a abrir as hostilidades. Vomitar pode até ser o teu momento alto da noite; quando te levantas da mesa e dizes: - “Pessoal, chegou a hora”. Pegas no tacho cheio de sangria e vodka, levas o bicho à boca e, sem o mínimo de hesitação, mandas aquilo pela goela a baixo.
Quando libertas todo o teu jantar, metade do lanche e quando chegas ainda a sentir o perfume do almoço (aquele empadão que arrotaste durante três horas em casa da avó), tudo aponta para que o teu momento tenha ficado escrito na história, e muito possivelmente, no chão da casa de banho quando falhavas na sanita. A glória é tua. Os teus amigos saltam eufóricos por te ver triunfar. Com muita calma, sentas-te na mesa. Sorris e viras-te para quem está à tua direita. Docilmente pedes,
- “Enche-me aí o copo se faz favor.”
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